História

História da Paróquia Santo Antônio

A Paróquia de Santo Antonio foi criada em 1958 como desmembramento da paróquia de Nossa Senhora do Desterro. A pedra fundamental da Igreja Matriz foi lançada aos 13/06/58 em terreno doado pelo município, à Av. Dr. Pedro Soares de Camargo, 724.

A nomeação do 1º vigário ocorreu em 12/04/64, sendo ele o Padre Evaristo Afonso, da Congregação Salesiana de D Bosco.

Em 13/04/69 toma posse o 2º vigário paroquial, na pessoa do padre Orlando Cândido Barbosa, Salesiano.

Em 09/06/69 chega de Sorocaba Geraldo Ângelo da Silva, nomeado como coadjutor e encarregado das aulas de canto, música nas missas e Primeira comunhão. Geraldo Angelo da Silva não era padre, e sim coadjutor salesiano, que é um título dado àquelas pessoas ( homens ) que fazem o seminário menor, e quando da ocasião de fazer os votos temporários no noviciado, preferem caminhar na congregação sem porem seguir adiante com o seminário maior (filosofia e teologia no caso dos salesianos)mas obedecendo irrestritamente à hierarquia salesiana. Portanto, Geraldo Ângelo da Silva, era apenas um ” irmão ” coadjutor. Quando de sua partida para Cruzeiro/SP, para tratamento de saúde, deixou a cargo do Armênio a direção do coral das crianças do Oratório Festivo Dom Bosco, bem como a animação da Missa dos Sábados que era específica dos jovens da COSA – COMUNIDADE SANTO ANTONIO.

Em 18/01/77 o Padre Manuel dos Santos, SDB vem substituir o Padre Orlando como vigário paroquial.

Em 10/03/77 chega a Jundiaí para atuar como vigário cooperador da Paróquia, o Padre Ítalo Rucco.

Em 27/03/77 toma posse como terceiro vigário da Paróquia Santo Antonio do Anhangabaú o Padre Manuel dos Santos, SDB.

O Início em 18 de junho de 1950
O Cruzeiro
A nossa história se inicia no dia 18 de junho de 1950 por ocasião da vinda dos padres redentoristas a Jundiaí, para as Missões que tiveram início no dia 03 de junho de 1950.

No Domingo 18 de junho foi celebrada missa campal na Praça Pedro de Toledo, em frente à Catedral, tomaram parte nesse evento aproximadamente 4500 pessoas, entre homens, mulheres, jovens e crianças.

Às 14h seguiu-se uma procissão cruciferária a qual conduziu um grande cruzeiro ao alto do Anhangabaú, onde foi levantado. Benzeu a cruz o Exmo. Revmo. Dom Paulo Rolim Loureiro, Bispo auxiliar de São Paulo que se encontrava em Jundiaí. Durante muitos anos houve grande expressão de fé religiosa em torno do cruzeiro, onde muitas pessoas começaram a peregrinar para o local, onde posteriormente foi construída pelos fiéis a primeira capela em devoção a Santo Antônio.

Decreto Canônico de Abertura Igreja Santo Antônio – 11 fevereiro 1958
São Paulo

Decreto em conformidade com o Direito Canônico, tendo em vista os cânones 1426 e 1427, onde relata a criação da Paróquia de Santo Antonio do Anhangabaú, formada com território desmembrado da Paróquia Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí.

Esse decreto demarca geograficamente a extensão da Paróquia de Santo Antonio, onde é minuciosamente delimitada toda a sua área geográfica.

Esse decreto relata, também, que a Paróquia de Santo Antônio ficará submetida à jurisdição e ao cuidado espiritual do pároco que pra ela for nomeado e dos que canonicamente lhes sucederem no cargo.

Através desse decreto o Reverendíssimo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta manda que os habitantes que vivem ao redor da referida Paróquia, tanto para o Pároco como para a “fábrica’’ da Igreja contribuam religiosamente com os emolumentos e oblações, mas relata também que a Paróquia gozará de todos os privilégios, insígnias, honras e distinções que em direito lhe couberem como a Igreja Paroquial.

Pelo que, à dita Igreja, concedemos pleno direito e faculdade para ter sacrário em que se conserve o Santíssimo Sacramento com o necessário ornato e decência, bem como a faculdade para aí estabelecer-se Batistério e Pia Batismal, ter os Livros do Tombo, de Assentamentos de Batismo de Casamentos e de Óbitos, abertos, rubricados encerrados em nossa Cúria Metropolitana e escriturados em duplicata, tudo na forma do Direito, afim de ser um dos exemplares conservados no Arquivo da Cúria depois de completo.

Através desse Decreto é determinado por padroeiro e titular Santo Antônio, cuja festa se há de celebrar anualmente com pompa e religioso esplendor.

Foi mandado pelo Reverendíssimo Cardeal que esse Decreto fosse lido num Domingo na própria Paróquia de Santo Antonio e lido também nas outras paróquias integralmente e com a mesma entonação além de ser necessário seu registrado em todas elas.

Esse Decreto foi elaborado e escrito pelo Chanceler do Arcebispado aos 11 dias do mês de fevereiro do ano de 1958, Centenário da Aparição da Nossa Senhora de Lourdes, e lavrado pelo Reverendíssimo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta.

Dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta
Nossa paróquia de Santo Antônio foi criada pela autoridade conferida à Dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta, que na época era cardeal arcebispo na arquidiocese de São Paulo, nasceu em Bom Jesus do Amparo – MG, 16 de julho de 1890 e faleceu em Aparecida – SP, 18 de setembro de 1982, foi nomeado cardeal em 18 de fevereiro de 1946, presidido pelo Papa Pio XII, na Basílica de São Pedro, foi um homem muito importante para a historia da igreja, e faz parte de nossa historia.

Pedra Fundamental – 13 de junho de 1958
O dia 13 de junho de 1958 foi o início marcante para a história da paróquia de Santo Antônio, pois nesse dia foi lançada a pedra fundamental, na presença de várias autoridades eclesiais, cívicas e leigos da região.

Quem presidiu a cerimônia foi o Bispo Dom Paulo Rolim Loureiro auxiliar do Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, que procedeu a cerimônia em forma do ritual romano, sendo o ato paraninfado por algumas pessoas que estavam mais envolvidas com o projeto da paróquia, que assinaram esse documento, como pode ser visto na ata anexo.

Numa urna apropriada de cobre de formato cilíndrico foram colocados jornais e moedas correntes da época, e uma cópia dessa ata, onde essa urna foi soldada e colocada dentro de um espaço preparado.

Consta também (não documentado), que participaram dessa cerimônia em torno de 200 pessoas, onde algumas assinaram uma folha que não era oficial, para que a mesma fosse colocada junto com a Ata de Lançamento oficial, dando por encerrada a cerimônia.

Esteve presente a Banda Paulista onde abrilhantou e alegrou o momento festivo do lançamento da Pedra Fundamental.

A partir desse dia encheu-se de alegria o coração dos moradores do bairro do Anhangabaú, pois podiam contar com a intercessão do Santo, mas também foram envolvidos e motivados pelo trabalho que tinham que desempenhar para a construção e o progresso da região e da paróquia.

Fiéis participando da celebração da Pedra Fundamental

Grande Ajuda dos Salesianos
Nossa paróquia por mais de três décadas teve a sua frente padres da ordem Salesianos de Dom Bosco, cuja filosofia e princípios foram enraizados em nossa paróquia ajudando a chegarmos à comunidade que somos hoje.

Relíquias de Santo Antônio
Algumas menções são feitas sobre a relíquia de Santo Antônio, todas no ano de 1964 documentado no Livro do Tombo, vindo de São Paulo nesse mesmo ano, junto com o primeiro pároco, Padre Evaristo Afonso.

A relíquia é um pedaço do osso (informação contida no cartaz de divulgação da Festa de 1967 anexada ao Livro do Tombo) do Santo Padroeiro que se encontra numa câmara fixada em uma cruz de bronze, utilizada em cerimônias festivas, e principalmente na Trezena de Santo Antônio realizada anualmente na paróquia para o ósculo dos fiéis.