Setembro – Mês da Bíblia

Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 119).

No mês de setembro, a Igreja Católica celebra o Mês da Bíblia. Esse mês temático foi criado em 1971 e ele foi escolhido porque no último domingo celebra-se o Dia Nacional da Bíblia, devido à proximidade da festa de São Jerônimo (tradutor da Bíblia), patrono dos estudos bíblicos, no dia 30. O tema do Mês da Bíblia deste ano é: “Para que N’ele nossos povos tenham vida”; e o lema: “Anunciar o Evangelho e doar a própria vida” (cf. Ts 2,8).

A Sagrada Escritura dá sustento e vigor à vida da Igreja. É para seus filhos: firmeza da fé, alimento e fonte de vida espiritual é a alma da pregação pastoral. Deus é o autor da Sagrada Escritura: por isso ela é dita inspirada e ensina sem erro aquelas verdades que são necessárias para a nossa salvação.

A Bíblia é composta por 73 livros que são oficialmente reconhecidos pela Igreja e são chamados livros canônicos. Com efeito, o Espírito Santo inspirou os autores humanos, os quais escreveram aquilo que Ele nos quis ensinar. No entanto, a fé cristã não é “uma religião do Livro”, mas da Palavra de Deus, que não é “uma palavra escrita e muda, mas o Verbo Encarnado e vivo” (São Bernardo de Claraval).

A Bíblia é uma coleção de livros (Biblioteca) e divide-se em Antigo e Novo Testamento. O Antigo Testamento contém 46 livros, Nele o Senhor começa seu plano de salvação para a humanidade. O Novo Testamento, por sua vez, é composto por 27 livros; é nele que estão os quatro evangelhos, que são o coração da Sagrada Escritura, pois é aí que Deus se mostra como é, e como veio ao nosso encontro no Seu Filho. O Antigo Testamento prepara o Novo e o Novo dá cumprimento ao Antigo: os dois iluminam-se mutuamente: “No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1,1ss).

A novidade da revelação bíblica consiste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter com o ser humano. É na Bíblia que o Senhor Se revela amoroso e compassivo: A Bíblia é a carta do amor de Deus dirigida aos homens” (filósofo Sören Kierkegaard). Por isso, São Jerônimo afirma: “Desconhecer a Escritura é desconhecer o próprio Cristo”. Ou seja, para conhecer Jesus é necessário fazer a experiência da leitura e meditação dos sagrados textos bíblicos, tentando assim escutar a voz do próprio Cristo: “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (cf. 1Tm 2,4).

Segundo o Papa Francisco: “Pela Palavra de Deus, a Luz veio ao mundo e nunca mais se apagou”; “Vocês têm entre as mãos, portanto, algo divino, um livro como fogo, um livro no qual Deus fala. Por isto, recordem-se: a Bíblia não é feita para ser colocada na prateleira, mas é feita para ser levada na mão, para ser lida frequentemente, quer sozinho, quer acompanhados”. Por fim, salienta o Papa: “Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia”.

 

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